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Opinião|O Colégio Marista Arquidiocesano e a cidade de São Paulo

Por Ricardo Tomasiello Pedro, bibliotecário do Colégio Marista Arquidiocesano e Raquel Quirino Piñas, historiadora do Memorial

Atualização:

No dia 25 de janeiro, aniversário da cidade de São Paulo, o Colégio Marista Arquidiocesano comemora os 83 anos da inauguração de sua sede no bairro da Vila Mariana. O fato foi noticiado pela imprensa da época como "um presente para a cidade". Confira um pouco dessa história:

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A história do Arqui tem início em 1858, com a criação do Colégio Diocesano em anexo ao Seminário Episcopal de São Paulo, que funcionava num edifício de taipa de pilão localizado na Avenida Tiradentes no bairro da Luz (onde atualmente fica a Igreja de São Cristóvão).  No ano de 1908 a instituição passa a ser administrada pelos Irmãos Maristas, que realizaram inúmeras reformas para adequar o antigo prédio às exigências do Governo federal. Apesar disso, a antiga construção não apresentaria as condições necessárias para o ensino de qualidade tão almejado pelos Irmãos Maristas.

Em 1927 os Maristas comprariam um terreno no bairro de Vila Mariana para a construção de uma nova sede para o colégio. O projeto seria assinado pelo escritório de Álvaro Salles de Oliveira, que apresentaria um edifício em estilo neoclássico que dialogava com as prescrições legais e o conhecimento educacional dos Irmãos Maristas, por isso seria equipado com aquilo que se concebia como o mais sofisticado em termos de arquitetura escolar e recursos didáticos.

No dia 26 de maio de 1929 foi lançada a pedra fundamental e tiveram início as obras para a construção da nova sede. A edificação monumental, com mais 12 mil m2 de área construída, seria inaugurada em 25 de janeiro de 1935, na presença de autoridades civis e religiosas, sendo abençoado pelo cardeal arcebispo D. Duarte Leopoldo e Silva.

 Pelas plantas arquitetônicas, fotografias e o atual edifício em pleno funcionamento, percebe-se a magnitude do conjunto. Com capacidade para atender no ano de 1935 até 500 alunos em regime de internato foi dividido em quatro pavimentos, com amplas salas de aula, laboratórios bem equipados, museu escolar, quatro campos de futebol e ginásio esportivo, bibliotecas, salão nobre, enfermaria, dormitórios e uma capela ricamente decorada com mármore colorido e 13 vitrais vindos de Grenoble (França). Interligado por galerias duplas apresenta-se um segundo edifício que completava as dependências com cozinha, seis refeitórios e instalações para empregados.

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Nos seus registros os Irmãos Maristas destacavam o Colégio Marista Arquidiocesano pela magnitude de sua estrutura física e o público seleto formado por seus alunos, como modelo para a execução perfeita de sua proposta educacional, de formar bons cristãos e virtuosos cidadãos.

 

 

 

Opinião por Paulo Adolfo
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