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Reprovações: fantasmas a serem exorcizados

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Por Colégio FAAP
Atualização:

Apesar destes novos tempos, a reprovação ainda povoa pesadelos nos estudantes sérios: mesmo porque, os alunos que não são sérios estão em escolas que não reprovam.

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Ainda que não se deva falar em corda na casa de enforcados, ou seja, falar de reprovações em final de ano letivo, educar no erro, no fracasso, é uma das mais eficazes maneiras de educar: o aprender com a dor é, lamentavelmente, uma das formas mais marcantes de aprendizagem.

De uma forma geral, as reprovações são o desfecho esperado de um processo de dificuldades, que um acompanhamento pedagógico criterioso deveria ter buscado superar. Assim, a repetência deve ser um evento trabalhado com extremo cuidado para ser etapa terminal e, jamais, fator desencadeador de uma série de traumas.

Aprender com uma reprovação é tarefa conjunta e sincronizada entre família e escola, é releitura de todo o processo escolar para a verificação das fragilidades e imediata organização de um projeto de estudos. O passo inicial será evitar a busca de um "culpado", movimento negativo e desconstrutivo na medida em que eventos dessa natureza têm muitos e nenhum culpado, pois implicam numa injunção de fatores nos quais devem ser atribuídas responsabilidades e não impingir culpas. Se houve omissão do aluno, houve também, em alguma medida, da família; se a escola não era a mais adequada ao perfil do aluno, e, por sua vez, caberia ainda aela - escola --prevenir à família desse descompasso.

Enfim, partindo-se do princípio indiscutível de que o educando é o sujeito focal e fim primordial da educação, há que se trabalhar a autoestima dele; há que se ampará-lo para dar sustentação para a reação necessária, mas, sempre, fazendo-o encarar suas responsabilidades sem facilitações paternalísticas. Tão perniciosa quanto à demonização do reprovado é a complacência infantilizante que, sempre justificando o fracasso, o perpetuará.

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Professor Henrique Vailati Neto é diretor do Colégio FAAP - SP. Formado em História e Pedagogia, com mestrado em Administração. É professor universitário nas disciplinas de Sociologia e Ciência Política. Tem quatro filhos e quatro netos.

Troque ideia com o professor: col.diretoria@faap.br

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