Ele cita, por exemplo, a questão social por trás da preparação de um prato, que é feito para agregar pessoas e valorizar o trabalho em equipe, uma vez que uma cozinha bem administrada deve ser uma associação colaborativa. "Há ainda o reconhecimento de uma atividade que, parece ser tão natural, mas que exige o mesmo cuidado e dedicação que muitas outras funções", completa o professor.
No Colégio FAAP, as aulas são semestrais. Os alunos aprendem a fazer pratos práticos e rápidos, a manusear utensílios de cozinha e os alimentos, além de usar o forno e o fogão. "O objetivo da oficina é desmitificar a cozinha", explica o professor responsável pela aula de gastronomia, Alexandre Henrique, acrescentando que os alunos já fizeram pratos como quibe de forno, tortas salgadas, massa em panela de pressão, tapiocas, doces e bolos.
Para a elaboração do prato é feito um brainstorm entre os alunos, para entender o nível de conhecimento de cada um sobre o alimento, os temperos utilizados e a preparação. "Tudo é feito por eles. Eu só interfiro quando algo pode não dar certo na mistura ou no manuseio de algum ingrediente", diz o professor, que é pesquisador de Arte, Cultura e Gastronomia Brasileira com enfoque em cultura Afro-baiana.
A aula de gastronomia faz parte do programa de aulas especiais, realizadas em parceria com as seis faculdades da FAAP-Administração, Artes Plásticas, Comunicação, Direito, Economia e Engenharia. Os alunos contam ainda com aulas de fotografia, inteligência financeira, moda, teatro, robótica, animação, marketing pessoal, entre outras.