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Colégio Equipe promove seminário para educadores refletirem sobre suas práticas

Por Colégio Equipe
Atualização:
Espaço de estudo, reflexão e compartilhamento valoriza o diálogo e o trabalho em equipe  Foto: Estadão

Nos dias 11 e 16 de abril aconteceu, no Colégio Equipe (SP), o IX Seminário para educadores, sob o tema: "Metodologia Problematizadora de Ensino Diálogo e Diretividade: como se (des)encontram nas nossas práticas educativas? ". Este é o nono ano que o colégio realiza o evento, cada ano com uma temática. É um espaço de estudo, reflexão e compartilhamento que valoriza o diálogo e o trabalho em equipe como fundamentais para o aprendizado e a ampliação de saberes.

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Segundo Luciana Fevorini, diretora da escola, "ao discutir nossa práticas, concretizamos o caráter coletivo e autoral do nosso trabalho e podemos identificar desafios que nosso projeto político pedagógico encontra na experiência educacional cotidiana".  A professora Ausonia Donato, diretora pedagógica da escola, fez uma analogia entre a escola e uma orquestra, onde cada educador/instrumento é fundamental e cumpre seu papel, e que o seminário é como se fosse uma afinação de todos os instrumentos. O encontro configura-se como espaço de reflexão para o professor, pois permite que ele registre, sistematize e, consequentemente, reflita sobre a sua prática.

A abertura do seminário contou com palestras de dois educadores aposentados da escola, convidados para falar sobre suas metodologias de ensino. Os demais educadores se inscreveram previamente em subgrupos de trabalho. Cada subgrupo teve a apresentação de dois relatos de práticas. Após o almoço, os grupos discutiram e sintetizaram as conversas e, em seguida, compartilharam com todos os educadores presentes no seminário.

As palestras iniciais foram momentos de muita inspiração a todos. Gilson Pedro, professor de Artes aposentado do colégio, disse que suas aulas nasciam dos seus alunos. Segundo ele, "a arte não desvenda os mistérios, ela cria os mistérios ". A sua metodologia era baseada no acaso. As ideias nasciam ao caminhar. Esta construção era, ao mesmo tempo, regada de frustrações e magias. Segundo o professor, o acaso é admirável. Ele vem, e continua vindo, diz ele, mesmo quando somos velhos. Ausonia finalizou sua fala, dizendo que o professor Gilson tinha um acaso intencional, pois ele sabe onde começa e aonde quer chegar. Disse também que ele, brilhantemente, conduz, instiga, e provoca deslocamentos significativos nos alunos.

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" width="600" height="336" /> Gilson Rampazzo, fundador do colégio e professor de redação, pergunta: "o que estou fazendo aqui ?"  Foto: Estadão

O segundo dia de encontro teve abertura com a fala de Gilson Rampazzo, fundador do colégio e professor de redação. Ele iniciou o dia com a pergunta "o que estou fazendo aqui ?". A pergunta, retomada durante toda a palestra, nos mostra que esta reflexão é pertinente e necessária ao trabalho do professor. Este é o primeiro passo para pensar na diretividade do trabalho. Gilson também retoma a importância do diálogo com seus alunos para a construção do trabalho. "Resolvi me contaminar pela realidade. Os alunos me ensinaram como eu devia ensiná-los.  Eu não devo a metodologia que elaborei aos teóricos, mas aos alunos ", disse.

Após a palestra inicial, os professores da escola se reuniram nos grupos de estudos para compartilhar experiências e práticas pedagógicas. Temas como interdisciplinaridade, reflexão sobre o trabalho, significados e ressignificados apareceram em praticamente todos os grupos de discussão. Essas inspirações mostram a importância do diálogo para a educação. Os professores, reflexivos e inquietos, buscam sempre aprimorar as práticas, dialogando com os alunos e abertos à escuta. O seminário iluminou os trabalhos autorais dos professores mostrando que, além dos seus educandos, eles também são protagonistas de suas práticas diárias.

O seminário iluminou os trabalhos autorais dos professores  Foto: Estadão

Segundo Ausonia, é necessário entender a prática educativa como um ato ético, político, de cidadania, de acontecimento artístico. A metodologia deve ser sempre problematizadora. Os professores fazem escolhas baseadas em seu olhar político e ideológico.

Por Mariana Prado e Isabella Cestari | Escolas TransformadorasFoto: Isabella Cestari

 

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