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Escola passa a ter aula de eSport após iniciativa de aluno

Por CPV Educacional
Atualização:
Erik, o idealizador das aulas de eSports Foto: Estadão

Quando Erik Bonn, do 8º ano, mudou para o Colégio CPV, não imaginava que, com período semi-integral, teria quatro aulas de Esportes por semana. O que parece ótimo para muitos adolescentes, para ele é um pesadelo: Erik não gosta de praticar atividades físicas.

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O aluno, então, fez uma tarefa de casa que não havia sido pedida por nenhum professor. Após uma pesquisa na internet, montou uma apresentação com 30 slides sobre os benefícios dos chamados eSports para apresentar ao diretor da escola. "Não contei nem para os meus pais, eu sabia que podia não dar em nada. Na escola em que eu estudava os alunos apresentaram ideias bem legais, mas elas nunca aconteceram", conta.

A proposta de Erik foi simples: substituir uma das aulas semanais de Esportes por eSports. A escolha do jogo foi óbvia, ao menos para quem tem alguma intimidade com o mundo virtual: League of Legends, mais conhecido como LOL. O jogo de estratégia da Riot Games se desenvolve com batalha em tempo real entre dois times, cada um com cinco jogadores. Como os esportes físicos, há campeonatos nacionais e mundiais, com torcida presencial, narração, transmissão ao vivo, grandes prêmios em dinheiro e verdadeiros astros em campo.

Professor Arthur Costa presta assessoria aos iniciantes Foto: Estadão

Flavio Antonietto, diretor da escola, não tem muita afinidade com jogos de computadores, mas recebeu bem a ideia. "É muito satisfatório ver um aluno tomar a iniciativa de fazer a escola ficar mais interessante, precisamos sempre fazer uma avaliação ponderada, sem preconceitos", conta. Nessa análise, viu que, pedagogicamente, a atividade poderia trazer ganhos e passou a demanda para o professor de Computação, Arthur Costa.

O professor, então, junto com Vítor Miranda, assistente pedagógico e jogador de LOL, montou a proposta da aula. Opcional e aberta para todos os alunos do Ensino Fundamental II, ela começa com uma breve explicação sobre estratégia e termos usados no jogo e segue com uma partida em conjunto. "Também decidimos que, mesmo que o aluno jogue em casa, ele deve começar seu player do zero, para evoluir junto com a turma", diz Costa. "A ideia é trabalhar a cooperação entre os jogadores, o verdadeiro trabalho em equipe", completa Miranda.

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As aulas são às segundas, com número máximo de 10 alunos. No primeiro dia, o da aula experimental, os professores precisaram abrir duas turmas, tamanha a procura. "O que eu sempre quis vou conseguir agora, que é ter meu próprio time", comemora Erik.

As aulas de eSports são opcionais Foto: Estadão
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