Foto do site: www.autismo.com.br
Por Carina Gonçalves - 26 de março de 2016
Muito mais que cuidados especiais, as pessoas com autismo são presentes de Deus
Dois de abril é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, uma disfunção global do desenvolvimento, cuja alteração afeta a capacidade de comunicação, de socialização e relacionamentos, assim como de comportamento, em que a pessoa com autismo não responde normalmente aos estímulos e ao ambiente emque convive. De acordo com dados da ONU e pesquisas de especialistas renomados de diversos países, estima-se que a doença é comum em cerca de 70 milhões de pessoas no mundo todo, afetando, especialmente, a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem com os demais a sua volta.
Embora seja uma disfunção difícil de diagnosticar ao nascer, atualmente, já é possível visualiza-la antes dos três anos de idade, facilitando o tratamento e acompanhamento correto para as necessidades da criança. Dentro do universo do autismo, há, por exemplo, casos de crianças que apresentam inteligência e falas normais, como também há àquelas que têm sérios problemas no desenvolvimento da linguagem. Não existe apenas uma forma de identificar o autismo, pois são inúmeras manifestações existentes dentro da disfunção. Temos como exemplo, também, crianças, jovens e adultos que se mantêm em mundos fechados e distantes ou que estão presos (inconscientemente) a rígidos e restritos padrões de comportamento.
No âmbito profissional há adultos que são capazes de desenvolver carreiras e conquistarem sucesso, porém, entre os incômodos e obstáculos que existem para que isso aconteça, basicamente, os problemas de comunicação, e socialização são e causam, frequentemente, dificuldades em muitas áreas da vida. Inevitavelmente, eles precisarão ser encorajados constantemente para sua luta diária.
A ciência, pela primeira vez, falou em cura do autismo em novembro de 2010 com a descoberta de um grupo de cientistas nos EUA, liderado pelo pesquisador brasileiro Alysson Muotri, na Universidade da Califórnia, que conseguiu "curar" um neurônio "autista" em laboratório. O estudo, que se baseou na Síndrome de Reftt (um tipo de autismo com maior comprometimento e com comprovada causa genética), foi coordenado por mais dois brasileiros, Cassiano Carromeu e Carol Marchetto e foi publicado na revista científica Cell. Esperamos que a medicina possa descobrir novas técnicas e métodos de tratamento para transformar e aproximar a realidade do autista o mais normal possível.
Conheça abaixo os principais sintomas e comportamentos dos portadores Autismo:
(fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Autismo#Caracter.C3.ADsticas_do_autismo)
- Dificuldade de relacionamento com outras pessoas
- Riso inapropriado
- Pouco ou nenhum contato visual
- Aparente insensibilidade à dor
- Preferência pela solidão; modos arredios
- Rotação de objetos
- Inapropriada fixação em objetos
- Perceptível hiperatividade ou extrema inatividade
- Ausência de resposta aos métodos normais de ensino
- Insistência em repetição, resistência à mudança de rotina
- Não tem real medo do perigo (consciência de situações que envolvam perigo)
- Procedimento com poses bizarras (fixar objeto ficando de cócoras; colocar-se de pé numa perna só; impedir a passagem por uma porta, somente liberando-a após tocar de uma determinada maneira os alisares)
- Ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal)
- Recusa colo ou afagos
- Age como se estivesse surdo
- Dificuldade em expressar necessidades - usa gesticular e apontar no lugar de palavras
- Acessos de raiva - demonstra extrema aflição sem razão aparente
- Irregular habilidade motora - pode não querer chutar uma bola, mas pode arrumar blocos
Para conhecerem mais sobre Autismo, tratamentos e diagnósticos, recomendamos o site www.autismo.com.br, que é inteiramente dedicado à informações e cuidados especiais para os portadores da disfunção.