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Os Anos Finais do Ensino Fundamental e o Colégio Anglo 21

*Por Daniel Helene

Por Colégio Anglo 21
Atualização:
 Foto: Estadão

A Educação nacional vem passando por intensas transformações nos últimos tempos. Ao menos, passamos a ter a sensação de que ela assumiu o lugar de questão nacional prioritária, que já merecia ter assumido antes. Temos mais recentemente acompanhado a implantação da Reforma do Ensino Médio, apresentada como "urgente" diante da "situação calamitosa" em que se encontra o Ensino Médio brasileiro. Uma rápida pesquisa nas ferramentas de busca da internet pela expressão do momento, "gargalo da educação nacional", resulta em vários textos e notícias cujo tema é o Ensino Médio. Em que pesem as controvérsias pedagógicas envolvidas na Reforma e a estratégia no mínimo equivocada de editar-se uma Medida Provisória instituindo-a no ano passado, o fato criou um ambiente favorável à percepção de que há algo a ser feito na educação nacional.

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Nesse contexto, importa que nos questionemos se as questões pedagógicas e educacionais no Brasil limitam-se ao Ensino Médio. Como devemos pensar os Anos Finais do Ensino Fundamental (ou no que se chamava até há bem pouco tempo de Fundamental 2)?

Para além das notícias pouco especializadas e do frenesi político dos últimos anos no Brasil, educadores e pesquisadores da Educação nacional têm há muito apontado os Anos Finais do Ensino Fundamental como o momento em que se produz uma inflexão importante na curva de aprendizagem dos alunos, ao menos segundo o que é possível aferir a partir das grandes avaliações nacionais e internacionais. Trata-se de uma etapa importante da escolaridade, na qual, no Brasil, os alunos entram com um conjunto de conhecimentos adequado ao que se espera para sua idade, mas da qual saem com importantes déficits em relação às expectativas de aprendizagem, como se pode ver aqui.

Nós, educadores, sabemos que esta etapa da escolaridade, os quatro anos em que os alunos estão no "Fundamental 2", são decisivos para seu percurso de formação como estudantes e como cidadãos. Se em nível nacional as políticas públicas não priorizam esta etapa da escolaridade, se o quadro que se desenha não parece muito animador, sabemos que há muito a se fazer na escola no sentido de possibilitar aos alunos uma experiência escolar verdadeiramente rica e poderosa. Na nossa concepção, isto vai muito além de desenhar um currículo plenamente ajustado aos conteúdos conceituais que pretendemos que os alunos aprendam (aquilo que, se maneira geral, é visível a partir dessas grandes avaliações externas), ainda que envolva isto também.

Precisamente nesse sentido (e concebendo o currículo como cultura da escola), aqui no Colégio Anglo 21, optamos por centrar nossas ações em 2017 em dois eixos fundamentais, quais sejam o Estudo Orientado, visando à formação dos alunos como estudantes, e o Projeto de Convivência Ética, visando a sua formação moral. Em um próximo texto, trataremos mais especificamente desses dois eixos.

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*Daniel Helene é Coordenador do Ensino Fundamental II do Colégio Anglo 21.

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