O Brasil vive dias intensos de acontecimentos políticos. Em épocas assim, os cidadãos ficam mais atentos ao assunto e há um engajamento maior. Com os jovens não é diferente. Seus questionamentos fazem com que a escola se torne um lugar onde eles conversam sobre o tema. O espaço é fundamental para debater e formar pessoas autônomas, questionadoras e cidadãs.
"A escola tem um papel essencial na formação da cidadania, sendo imprescindível a sua contribuição para a formação de cidadãos que consigam entender o seu contexto histórico e agir sobre ele para que os problemas existentes no país sejam solucionados", diz o professor de sociologia Renê Araújo, do Colégio Anglo 21.
Atividades na escola incentivam o respeito ao debate de ideias. Com palestras realizadas mensalmente para a comunidade, a ideia é fomentar a discussão do atual momento político brasileiro, destacando a crise política que levou que a mais um impeachment presidencial no país. Os alunos entenderam a cronologia dos fatos que levaram ao segundo impeachment presidencial do país. "Eventos como esse ajudam nossos alunos a se prepararem tanto para o Enem quanto para os vestibulares. É um reforço às aulas de atualidades", diz.
A educação para a cidadania pretende fazer de cada pessoa um agente de transformação. Segundo ele, sociologia e filosofia, especialmente, são algumas disciplinas que trabalham com a ciência política e instiga essa discussão e lida com os anseios dos alunos. "O assunto passa a ser extremamente importante para a formação de um cidadão autônomo e questionador. Temos que oferecer um ambiente aberto a discussões amplas, democráticas e em alto nível", ressalta.
Democracia, de acordo com o professor, só existe com uma convivência respeitosa e diálogo constante. "Em um país com uma democracia recente e ainda frágil como a nossa, é fundamental formar indivíduos democráticos. Uma escola moderna precisa se preocupar em formar indivíduos comprometidos com o respeito à diversidade", finaliza.