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Opinião|Estudar na era da Tecnologia: pais x filhos ou pais + filhos?

Por Jorge Farias e Márcia Chammas*

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Atualização:

Ilustração/Internet Foto: Estadão

Na era da conectividade, as novas ferramentas tecnológicas têm se tornado fortes aliadas para as instituições de ensino, auxiliando no desenvolvimento e protagonismo dos alunos.

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Pensando nisso, o Colégio Rio Branco firmou uma parceria com a Google for Education, que disponibiliza o pacote educacional G Suite for Education. Os recursos permitem que os estudantes produzam atividades de forma colaborativa e virtual, aumentando a interação entre eles e os professores, o que facilita o armazenamento do conteúdo, a entrega e a apresentação de trabalhos com mais dinamismo e agilidade.

Essa nova rotina de trabalho pode gerar alguns questionamentos por parte das famílias: "Como meu filho vai estudar se ele não sai da internet?" "Na minha época, eu ficava horas a fio estudando nos cadernos e livros!"

Como ajudar as famílias a entenderem que os adolescentes de hoje, nascidos entre 1990 e 2010, portanto, nativos virtuais ou geração Z ("z" de zapear = mudar rapidamente), justamente por ser hiper estimulados por toda a tecnologia que os rodeia, não conseguem manter o foco de atenção em uma tarefa por muito tempo?

É preciso aproximar os pais dessa nova realidade. Esse tipo de ação permite que eles possam participar do cotidiano de seus filhos, entender sua linguagem, acompanharo desenvolvimento, e continuar zelando pelo seu bem-estar, por meio do diálogo.

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Recentemente, o Colégio Rio Branco realizou uma oficina para pais e responsáveis, cuja ideia inicial era instrumentalizá-los para que pudessem entender o trabalho de apoio tecnológico que vem sendo desenvolvido junto aos seus filhos.

A proposta inicial se expandiu! Com a experiência positiva, a instituição conseguiu perceber, ainda mais, a importância de discutir a necessidade do estudante de hoje, como indivíduo; o que ele pensa e sente. Contexto diferente do vivido pelos pais em sua época escolar, quando a maior preocupação era a aquisição do conhecimento por meio das competências cognitivas.

Oficinas apresentaram a plataforma Google aos pais Foto: Estadão

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), "a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social". Sendo assim, a rotina semanal dos alunos precisa ser recheada com diferentes atividades ou "tarefas", ou seja, tudo aquilo que "deve" ser realizado, sejam as tarefas de casa, da escola, de lazer e as de atividade física.

Surgirão, com certeza, dificuldades para conciliar todos esses tipos de tarefas e até conflitos de interesses entre pais e filhos. Daí a importância das competências sócio emocionais: aquelas que possibilitam lidar, da melhor forma, com as adversidades, enfrentando os desafios cotidianos para uma adaptação contínua. Aqui é importante estar atentos à importância da resiliência, por ambas as partes!

É importante que os adultos demonstrem o quanto uma rotina pode ser libertadora, uma vez que permite fazer o que se quer, desde que pais e filhos se organizem e trabalhem com os conceitos de urgência e importância.

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As respostas para as angústias atuais, nesse sentido, são mais simples do que parecem! Exemplos pessoais de como lidar com as instabilidades da vida, um olhar de compreensão para os contextos sociais, emocionais e tecnológicos diferentes do que se viveu, o entendimento do desenvolvimento das crianças e jovens, em seu tempo atual, e a demonstração que ser adulto é recompensador são ótimos norteadores para os jovens de hoje em dia.

Resiliência é algo que se ensina, mas também, é algo que se aprende todos os dias e a tecnologia pode e deve ser uma boa aliada!

*Jorge Farias é professor de Tecnologia do Colégio Rio Branco * Marcia Chammas é psicopedagoga e orientadora educacional do Colégio Rio Branco

Acesse: www.crb.g12.br

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