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Já pensou em estudar na Irlanda?

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Por Andrea Tissenbaum
Atualização:

Estudar na Irlanda | Trinity College Dublin | Foto: William Murphy, via Flickr

Brian Glynn, embaixador da Irlanda no Brasil, explica as vantagens de estudar em seu país. Confira!

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"No final dos anos 60 o investimento da Irlanda na Educação começou a mudar". Foi com essa frase que Brian Glynn, embaixador da Irlanda no Brasil iniciou nossa conversa durante a 30ª conferência da Associação Brasileira de Educação Internacional - FAUBAI, no Rio de Janeiro.

"Naquela época, os resultados apresentados por um relatório realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE, fizeram o governo irlandês concluir que para avançarmos como país, como sociedade, um investimento maciço na educação era necessário", explica o embaixador.

E assim foi feito. Em um primeiro momento, o foco foi na educação básica e ensino médio. Na sequência, o compromisso se voltou para a educação superior. Mesmo em tempos difíceis, como a crise dos anos 80, o investimento foi mantido.

"Atualmente mais de 50% dos jovens irlandeses que terminam o ensino médio seguem para a educação superior. Nossa economia passou direto da etapa pré-industrial para a pós-industrial. Essa aposta na educação foi muito importante, porque a Irlanda não tem recursos naturais, então dependemos da formação de nossos cidadãos. Começamos a ver os frutos disso nos anos 90, marco do início de uma transformação no país. Nossos cidadãos estavam melhor qualificados profissionalmente e, como membros da União Europeia, passaram a ter acesso a um mercado de mais de 500 milhões de pessoas. Além disso, nossa política econômica era de abertura. Empresas internacionais começaram a montar suas sedes na Irlanda, onde oferecíamos boa infraestrutura, excelente mão de obra, um sistema tributário mais simples e uma tributação mais baixa que em outros países. Levamos algumas décadas para ver os resultados de nossos esforços para melhorar a qualidade e o acesso à educação em nosso país, mas valeu a pena. Hoje a Irlanda tem apenas 5% de taxa de desemprego. Atraímos profissionais de várias partes do mundo - quase 30% da mão de obra nas companhias internacionais é composta de estrangeiros", complementa o embaixador.

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University College Cork | Irlanda | Foto: Pixabay, CCO license

Essa diversidade cultural também inclui os brasileiros. "Há 10 anos atrás não se ouvia falar de brasileiros na Irlanda. Hoje cerca de 30 mil moram no país. Anualmente, 16 mil brasileiros vêm estudar inglês. O visto de estudante permite que os alunos trabalhem 20 horas semanais durante seu curso ou 40 horas nas férias. Além disso, alunos de graduação têm o direito de trabalhar por um ano após terminarem seus cursos. Os de mestrado e doutorado podem ficar por mais 24 meses. Estamos sempre em busca de mão de obra qualificada, há muitas ofertas de emprego na Irlanda e temos espaço para mais brasileiros", afirma o embaixador.

De acordo com o QS World University Rankings 2018, as sete universidades irlandesas estão ranqueadas entre as melhores do mundo: - Trinity College, entre as 100 melhores - University College Dublin, National University of Ireland - Galway, University College Cork e Dublin City University, entre as 400 melhores - University of Limerick e National University of Ireland Maynooth, entre as 750 melhores

A maior escola de medicina do país, o Royal College of Surgeons in Ireland (RCSI), está entre os top 500, no QS World University Rankings by Subject. Além disso, a Irlanda também tem 14 excelentes institutos de tecnologia e algumas universidades privadas.

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"O que distingue as universidades irlandesas é uma forte cooperação entre governo, universidade e indústria. Sim, temos uma grande tradição de humanidades, de história e literatura, isso forma uma parte muito importante da nossa cultura. Mas quanto a utilidade das universidades na vida econômica e social do país, elas oferecem o que precisamos. Um processo permanente de negociação de mudanças assegura que os cursos que são oferecidos por nossas instituições sejam adequados às necessidades da nossa economia e sociedade", explica o embaixador.

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Atualmente cerca de 200 mil estudantes, dos quais quase 30 mil são estrangeiros de vários partes do mundo, estão matriculados em instituições de ensino na Irlanda. O país oferece diversas bolsas de estudo. O programa Government of Ireland Scholarships concede 60 bolsas anuais e brasileiros têm sido sistematicamente contemplados com várias delas. As universidades também oferecem bolsas a estudantes que participaram do programa Ciências sem Fronteiras em nível de mestrado ou doutorado - eles podem voltar à Irlanda e estudar por mais um ano.

National University of Ireland - Galway | Foto: William Murphy, via Flickr

Além disso, duas bolsas filantrópicas são destinadas exclusivamente ao estudo da literatura anglo-irlandesa. Uma delas é oferecida pela família Kopschitz no University College Dublin, e a outra pela família Haddad, no Trinity College.

Saiba mais sobre as bolsas de estudo na Irlanda AQUI.

A presença dos brasileiros hoje faz parte do cotidiano do país. Sem dúvida nenhuma, o programa Ciência sem Fronteiras estimulou muito a ida dos nossos estudantes para a Irlanda e todos sempre se integraram bem ao cotidiano irlandês. Os laços culturais são curiosamente fortes.

"Posso usar os mesmos adjetivos para descrever brasileiros e irlandeses, temos muito em comum", diz o embaixador. "Somos alegres e festivos, como vocês. Também temos uma conexão forte com nossas famílias e somos muito receptivos a pessoas que vêm de outros países e culturas. Nosso convívio é tão integrado que muitas vezes, ao caminhar pelo centro de Dublin, tenho a sensação de estar no Brasil. E ainda temos espaço para mais!", afirma o embaixador.

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Saiba mais sobre a Educação na Irlanda AQUI.

Leia mais: Estudar em Dublin, Irlanda

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Andrea Tissenbaum, a Tissen, escreve sobre estudar fora e a experiência internacional. Também oferece assessoria em educação e carreiras internacionais. Entre em contato: tissen@uol.com.br

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